domingo, 29 de maio de 2011

Avaliação da Postura Mandibular com relação a Postura Corporal.


O que é Ortopedia Bucal ou Orofacial?  A ORTOPEDIA OROFACIAL trabalha a remodelagem óssea dos maxilares, com correção postural dos músculos faciais, visando à correção funcional da respiração nasal, que por sua vez, está intrinsecamente ligada a correção da postura corporal. Com o aumento das cavidades dos seios maxilares, ocorre expansão da maxila, por ser um osso pneumático. Promove harmonia e equilíbrio na estética facial. È importante ressaltar que a perda de um elemento dental promove diminuição da capacidade respiratória nasal, por perda de espaço ósseo e poder de expansão do mesmo. Assim como ocorre redução do espaço orofaringeano ocupado pelo músculo da língua, está se projeta posteriormente por falta de espaço na cavidade oral, possibilitando apnéia respiratória. Dessa forma fica claro que não recomendamos cirurgias ou extração dental. A ortopedia bucal visa harmonia funcional, mastigatória e respiratória; estética dental e facial; postura corporal devido a melhor posição da cabeça sobre a coluna cervical. Com isso melhor desempenho físico e aderência, devido a melhor postura e equilíbrio. Também não podemos esquecer dos benefícios ligados ao tratamento da ATM, como: Melhora nas dores de cabeça, enxaquecas, zumbidos, tonturas, o que resulta em melhor qualidade de vida.  
O intuito dese blog é divulgar a Ortopedia Orofacial, ou bucal, relacionada com postura corporal e respiração nasal, e com isso seu benefício na área de esportes, não apenas como prevenção, más como correção.
Relacionada à postura, ponto de equilíbrio, aderência, diminuição dos riscos de traumas, maior amplitude na abertura de braços e pernas. Melhor desempenho do atleta, no caso da respiração nasal, com menos esforço, e com isso maior vida útil do mesmo.
Para tanto, estarei demonstrando com trabalhos realizados e em andamentos, a relação da correção postural da mandíbula, com o uso de aparelho ortopédico bucal, de uso intercalado de 12 horas por dia, e sua influência na postura corporal, que interfere diretamente na melhora da respiração nasal.






No quadro abaixo, acrescentei as radiografias de perfil, no mesmo alinhamento, primeiramente sem placas e na segunda radiografia com placas de correção postural da mandibula. Coloco em evidencia, o aumento do espaço naso faringiano (grifado na cópia abaixo), o que facilita e força a entrada de ar via nasal. Podemos também observar modificação na curvatura da coluna cervical, com diminuição da lordose cervical, o que demonstra a relação da postura da mandibula, neste caso corrigida com a colocação das placas, influenciando diretamente na postura corporal. Observando desta forma, a relação Postura Mandibular e Corporal com Respiração Nasal.


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DISTONIA CERVICAL


Paciente do sexo feminino, com 46 anos e com fortes dores de cabeça e Enxaquecas a três anos, desde 2007. Início de tratamento em  setembro de 2010, final de tratamento em Outubro de 2012, após 2 anos. 

A Distonia Cervical aplica-se ao quadro clínico de hiperatividade involuntária nos músculos do pescoço, levando a posições anormais deste segmento corporal.
 Suas características: 

1. A distonia cervical focal é o tipo mais frequente dentre as distonias. 
2. Normalmente este quadro ocorre na idade adulta.
3. Tem caráter crônico, podendo durar indefinidamente apesar do tratamento
4. É muito variável quanto à gravidade e ao prognóstico.

Principais Músculos afetados:

- Esternocleidomastoideo
- Levantador da Escápula
- Escaleno (Anterior, Médio e Posterior)
- Esplênio
-Trapézio (porção Superior e Média)


Paciente apresenta sensação de encurtamento do pescoço nas fotos iniciais, devido a contração dos mesmos.

Observe a maior  inclinação corporal anterior, na foto inicial. 
E a melhora na verticalização da postura corporal na foto de finalização, assim como o relaxamento dos músculos do pescoço e ombros.

Como resultado da arcada dentária obtivemos aumento da dimensão vertical, inicial era mordida profunda, Expansão da Maxila e melhor posicionamento da mandíbula. Sendo necessário a reabilitação oral com troca de próteses e aumento de coroa clinica dental de alguns elementos. É indicado o uso de placa de mordida para dormir. 
Em ambas as fotos a paciente está sem aparelho e sem placa de mordida.

Condição atual SEM DORES DE CABEÇA!! dentro da normalidade.

É importante que o paciente tenha consciência do controle da Ansiedade, junto com a melhora da respiração nasal.




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QUERO TRATAR RONALDINHO GAUCHO... E SEMELHANTES, TAMBÉM!!



O retorno do nosso craque Ronaldinho Gaucho para os campos de Futebol Nacional, me inspirou na montagem deste blog.
Meu desejo, como de muitos, é  poder admirá-lo por mais tempo fazendo o que sabe tão bem... Encantar-nos com seu Futebol!

"A perfeição dentro dos Limites é a Imagem do Ilimitado" (Guitta Mallasz)

Para isso o objetivo é focar a Respiração e Postura, embora os dois fatores estão intrinsecamente ligados.

Em casos de difícil solução clínica obtém-se ótimos resultados com aplicação da Ortopedia Orofacial, Sem Cirurgia 
Com uso de aparelho 12 horas por dia (incluindo período de sono).

Aplicavél para 80% das dores de cabeças, zumbidos, tonturas, estalados, problemas posturais, respiração bucal, entre outros possíveis sintomas.
Selecionei algumas fotos do nosso craque, na tentativa de podermos comparar possibilidades com alguns tratamentos já realizados. 

 Os tratamentos aqui apresentados, obtiveram na forma de Apresentação de Trabalho Científico, no Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo - CIOSP - 2010,  o Primeiro Lugar na categoria
















Neste caso, como nos demais, houve um reposicionamento postural da mandibular, com estímulo ativo.
Para isso, usou-se aparelho ortopédico bucal que promoveu remodelagem do osso maxilar, com expansão dos seios maxilares, rebaixamento do palato e expansão do rebordo dental, dessa maneira acomodando os dentes, sem necessidade de extrações.
Restabeleceu funções: Respiratória e Mastigatória. Promoveu harmonia facial.




O desenho do  40. quadro, é uma hipótese de como poderia ficar o perfil do nosso craque, tendo em vista a reposturação da mandíbula,  restabelecimento da função respiratória nasal, função mastigatória e consequente melhora na postura corporal.


Resumo
Diariamente em nossa clínica, visando a excelência dos trabalhos, a qualidade de vida e a satisfação de nossos pacientes, aplicamos nos mais diversos casos e em diversas idades, o uso do aparelho ortopédico bucal, vindo a contribuir significativamente para o bem estar funcional e estético dos pacientes.  
O objetivo deste estudo é demonstrar que o uso do aparelho ortopédico bucal, restabelece uma condição oclusal funcional dos maxilares, reorganiza a atividade neuromuscular reflexa, assim trata as Disfunções Temporomandibulares (DTMs). Consequentemente melhoram:
- Fisicamente:  as dores de cabeça, zumbidos, dores de ATM, respiração bucal, processos alérgicos, alguns casos de apnéia, tonturas, com oclusão equilibrada em cêntrica e os movimentos de lateralidade e protusão mandibular balanceados.
- Esteticamente:  volume labial, posicionamento dos ouvidos externos, redução das bochechas, aumento da região malar, definição mandibular, alinhamento pupilar e de sobrancelhas, promovendo harmonia facial.

Introdução
Este trabalho tem sido desenvolvido sobre a perspectiva da plasticidade óssea e fisiologia do exercício muscular, com uso de aparelho ortopédico intraoral 12 horas por dia, respeitando o princípio de trabalhar e descansar.  
A remodelagem óssea inicia a partir da correção da postura dos músculos faciais, direcionando os movimentos musculares no sentido horário, com isso liberando os movimentos de lateralidade, movimento limitado ou inexistente nos casos de Classificação tipo II de Angle.  
Descrevendo de modo genérico, essa classificação engloba aproximadamente de 80 a 85 %  da população, onde ocorre uma retrusão da mandíbula, que é uma parafunção. Esse osso fica com inclinação posterior, devido ao apinhamento dos dentes superiores, tipo II divisão primeira, podendo ocorrer “overjet” ou trespasse horizontal, retração da maxila com palato profundo e respiração bucal, o que mantém a mandíbula para trás.  
Em outro caso, também tipo II, porém chamado de divisão segunda, os dentes superiores ficam inclinados para o interior da cavidade oral, essa é uma inclinação contrária a posição correta, inclinando também os dentes inferiores para o interior da cavidade. 
Desta maneira mantendo a mandíbula para trás, retraída, em ambos os casos, ocorre palato profundo e respiração oral.
A maxila é um osso pneumático, osso oco, com invaginações formadas pelos seios maxilares a partir do quarto mês de gestação. O que o torna mais leve e areado, faz comunicação com os ossos e seios etmoidais e frontais, desta forma com função respiratória e de olfato, e ligado ao paladar, que por sua vez estimula a salivação, além da função mastigatória.
A inspiração e expiração do ar pelas cavidades nasais promovem uma pressão atmosférica interna adequada, mantendo o seu formato com expansão equilibrada, dentes bem posicionados, palato normal, assoalho da órbita ocular estabilizado assim como as membranas auriculares sendo todos órgãos que fazem limites com os seios maxilares.  Mantendo as ligações secundárias da postura da cabeça sobre a coluna cervical, e essa com a postura corporal em perfeita harmonia.
O desequilíbrio desta função geralmente nos casos clínicos ocorre por um problema de obstrução respiratório infeccioso em menor ou maior grau, onde o organismo se adapta promovendo uma parafunção, respiração bucal como artifício de segurança. Quando esse desequilíbrio é de período curto, o próprio organismo se restabelece com a função, porém quando permanece de forma prolongada e persistente, pode ocorrer adaptação e vícios parafuncionais e posturais, desta maneira estabelecem um desenvolvimento em desequilíbrio e com conseqüências.
Quando se perde ou diminui a função respiratória nasal, o osso maxilar sofre uma retração das invaginações dos seios, por diminuição da pressão atmosférica interna, ocorre o aprofundamento do palato para o interior destas invaginações assim como a queda do assoalho da órbita ocular na mesma direção da diminuição dos seios maxilares e retração das membranas auriculares. Comprometimento da função mastigatória, olfato, postural da cabeça, e dos demais órgãos que fazem limite com os seios maxilares, promovendo assim parafunções.

Desenvolvimento Clínico
Trabalhando de forma preventiva desde o nascimento do bebe, abordaremos a importância da amamentação no seio materno sob o ponto de vista de exercício muscular e fisiologia do exercício.
O organismo, originalmente, entende que somos seres perfeitos e plenos em nossas funções.  Portanto, a amamentação no seio materno além da nutrição, promove exercício muscular de bilateralidade e protusão da mandíbula, em condições normais, inspiração e expiração nasal, com ritmo e tempo necessários para melhor desenvolvimento dos órgãos.
Caso isso não seja possível, indicamos o uso de mamadeira com bico de látex  da marca Nuk, devido a textura, formato e perfuração adequada do bico, para que ocorra o exercício com força e  tempo mais próximo do natural. Assim como a observação da posição de lateralidade do bebe com relação ao bico, de ambos os lados, podendo ser uma mamada com inclinação do lado direito (imitando a posição do bebe com relação ao seio) e a próxima do lado esquerdo, da mesma forma. É importante salientar que a postura da mãe deve estar correta ao amamentar, ereta com as escápulas encaixadas e apoio de braço para a sustentação da cabeça do bebe, para que ele adote também uma posição correta e desta maneira obter os resultados efetivos esperados.
Também orientamos a posição de dormir, de preferência fazendo um rodízio com o bebe, lado direito, esquerdo, rodando-o a cada vez pelo berço, trabalhando o formato da cabeça em conjunto com a posição da mandíbula. Observar que esse é o único osso livre da cabeça. Desta forma não sofre pressão por parte única e sim distribuída.
A constante desobstrução das vias aéreas, nos casos de infecção, para rápido restabelecimento da função respiratória nasal, promove pressão atmosférica intra seios maxilares adequada, mantendo o osso maxilar com formato de expansão adequado, desta forma o osso do rebordo alveolar acolherá os dentes em formato e posição de equilíbrio, e estabilizado, travando na forma de engrenagem, todo o processo maxilar com suas funções.
Porém quando nos deparamos, independente da idade do paciente, com as parafunções, devido à adaptação por perda de função que normalmente ocorre por falha de três sistemas interligados, na seguinte ordem:
a.  Postural
b.  Respiratório
c.  Mastigatório
Sendo que o último sistema, mastigatório, trava e estabiliza todo o processo em “parafunção”.
Desta forma para podermos atuar em todo o seguimento deveremos primeiramente, “desembrulhar”, remover as travas, desestabilizar para poder reequilibrar as funções e posteriormente estabilizá-las em condições funcionais.
Portanto, atuaremos na posição dos elementos dentais, corrigindo postura muscular, estimulando a plasticidade óssea com aparelho ortopédico bucal, que atua remodelando o osso, em conjunto com o reajuste oclusal balanceado. Desta forma liberando os movimentos musculares em protusão e lateralidade da mandíbula de forma equilibrada. Essa correção postural estimula as vias aéreas superiores, em conjunto com a consciência respiratória natural nasal de inspirar e expirar, desta forma agilizando o mecanismo de remodelagem óssea devido o aumento da pressão atmosférica intra seios. E restabelecendo uma postura consciente correta ao dormir, adequando altura de travesseiro com largura dos ombros e sem a interposição de braços, ombros ou mãos entre o rosto e o travesseiro, mantendo sempre que possível as escápulas encaixadas para correção da postura corporal, mantendo uma pressão por partes equilibrada.